domingo, dezembro 23, 2007
É assim que te quero, amor
É assim que te quero, amor,
assim, amor, é que eu gosto de ti,
tal como te vestes
e como arranjas
os cabelos e como
a tua boca sorri,
ágil como a água
da fonte sobre as pedras puras,
é assim que te quero, amada,
Ao pão não peço que me ensine,
mas antes que não me falte
em cada dia que passa.
Da luz nada sei, nem donde
vem nem para onde vai,
apenas quero que a luz alumie,
e também não peço à noite explicações,
espero-a e envolve-me,
e assim tu pão e luz
e sombra és.
Chegaste à minha vida
com o que trazias,
feita
de luz e pão e sombra, eu te esperava,
e é assim que preciso de ti,
assim que te amo,
e os que amanhã quiserem ouvir
o que não lhes direi, que o leiam aqui
e retrocedam hoje porque é cedo
para tais argumentos.
Amanhã dar-lhes-emos apenas
uma folha da árvore do nosso amor, uma folha
que há-de cair sobre a terra
como se a tivessem produzido os nosso lábios,
como um beijo caído
das nossas alturas invencíveis
para mostrar o fogo e a ternura
de um amor verdadeiro.
Pablo Neruda
Foto:Curtis Forrester
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6 comentários:
Este poema sim, é fantástico e encheu-me a alma.
Beijos e tudo de bom para ti:)
Feliz Natal, Wind. Com paz e amor. E alegria.
Um abraço.
Este já o comentei noutro sítio por isso aproveito para desejar um FELIZ NATAL.
Bjks
hoje com tempo andei por aqui me deliciando com tuas escolhas
adorei,como sempre.
jocas maradas e natalicias
felizzzz natalllllllllllllllllllll
Lindo poema, Isabel.
A minha mensagem muito especial...
Esta mensagem não é para aqueles de quem me lembrei, mas para aqueles que pretendo NUNCA esquecer!
Um NATAL cheio de PAZ e muita SAÚDE!
Boas Festas e um abraço muito especial.
José Gomes
Neruda incomentável!! Parece tão fácil escrever deste modo...desenhar as palavras como quem veste a vida por dentro. Beijos.
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