Agora que o silêncio é um mar sem ondas,
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas
Às urgentes perguntas
Que te fiz.
Deixa-me ser feliz
Assim,
Já tão longe de ti como de mim.
Perde-se a vida a desejá-la tanto.
Só soubemos sofrer, enquanto
O nosso amor
Durou.
Mas o tempo passou,
Há calmaria...
Não perturbes a paz que me foi dada.
Ouvir de novo a tua voz seria
Matar a sede com água salgada.
Miguel Torga
Foto:
Rakesh Syal
6 comentários:
Boas Festas !
Que lindo poema. Já entrei sem pedir licença e digo que gostei de todos os espaços pelos quais percorri. E o mar...sempre ele, inspirador,
Jacinta
Um belo poema de Torga! Beijos.
Um belo poema, que ainda não tinha lindo.
Querida Isabel,
desejo que o ano que está prestes a iniciar, te traga aquilo que mais desejas.
beijinhos e a minha amizade
Dessa água salgada nunca mais quererei provar. A foto é excepcional!
Beijos
aiaiaiai..confesso...levo.o gentil.mente
jocas maradas..muitas
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