terça-feira, dezembro 11, 2007
outro.poema@eletronico (Trilogia do Futuro - momento de revolta)
Moderno
transitório
fugaz...
...efemero
compatibilidade total
a última revolução de costumes
a última moda
e a gente nem se vê
não se fala, não se beija
não se ama
se entende, se atura
se compreende
loucura!
e você tão clássica e eu tao moderno - na vida
e eu tao classico e voce tao moderna - no amor
loucura!
loucura eletronica...
matou o ultimo poema shakespeariano
o ultimo amor
o ultimo suspiro da maquina de escrever
da caneta Mont Blanc
e ultima rosa do jardim
digitalizada
perpetuada sem perfume
causou eterno sofrimento no poeta
que morreu datilografando o ultimo poema
- que foi transcrito,
tambem digitalizado,
imortalizado
como o poeta nao queria -
derramando a ultima lagrima passional da ultima amada
que por sua vez tambem foi digitalizada
por fim,
o amor foi compactado, restrito a um arquivo qualquer
de uma ala qualquer
de um museu qualquer
da world wide web...
Vladimir Campos
Foto:Jed Andrews
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3 comentários:
Não trabalhei numa máquina de escrever como a da foto...mas quase. Era tão parecida!! Beijos.
S� um pormenor : tu nunca dizes disparates...dizes acertadamente o que muitos n�o dizem, por muito que falem...de nada. Porque falam de nada. Os outros. Beijos para ti, obrigada pelo teu carinho.
a escolha perfeita
o amor compactado!
lembro-me dessas máquinas, penso que de as ver ou talvez só em imagens, mas sei que as vi
a revolução da loucura electrónica...
um beijo meu Wind
lena
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