Há que morrer no convés
Do seu previsto naufrágio.
Tremem-lhe as tábuas aos pés.
Cheira a presságio.
Negros augúrios com asas
Cruzam agoiros nos mastros.
Os ventos sabem a brasas.
Recusam-se astros.
Já o Piloto que rema
A proa dos embaraços,
Pressentiu que além da bruma
Esperam sargaços.
A agulha mentiu o norte,
Mas o Piloto sabia.
Quem busca as rotas da Morte
Não se desvia!
Não se desvia!
Reinaldo Ferreira
Foto:Piotr Kowalik
1 comentário:
Mais um belo poema com mais uma bela imagem.
Bjks e Feliz Natal
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