Nada sei dos caminhos da água,
e da sede da terra lambo o pó,
as ervas secas
que levantam os meus passos.
Nada sei das veredas da planície
que se cruzam,
quando o Sol bate meio-dia.
Sei que nas areias, mortas, do deserto
só o vento
vem fazer-me companhia,
e que, na longa jornada,
um fio de água
me desperta a alegria.
Frecura fugidia,
quase nada...
Manuel Filipe, in "Tempo de Cinza", pág.32, Apenas Livros
Foto:
Oleg Seleznev
1 comentário:
Deixo-te aqui, quase nada: apenas um beijinho carinhoso, com votos de um Natal com Paz.
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