quarta-feira, janeiro 17, 2007

Sem título



Quis parar a vida...
De tanto medo da morte.
Nem pensou em despedida,
nem no azar ou na sorte,
muito menos no futuro
Que o caminho era tão duro
de pensar de mais.
Simplesmente, deixou-se ficar.
Quieta. Parada no cais
À espera que das lágrimas nascesse o mar
que a levaria em segredo
pela dor de andar assim
com medo do medo
de que tudo fosse anunciar o fim.

Pedro Branco 16/1/07 12:53 Poema deixado ontem num comentário dum escrito meu.

Foto:Maury Perseval

4 comentários:

Maria Carvalho disse...

Adoro o que o Pedro Branco escreve...Beijos.

Anónimo disse...

Lindo!

Anónimo disse...

As tuas palavras trouxeram-me este poema, que trouxeram esta foto... Conjugação perfeita.

Vou tentar-lhe dar-lhe uma cor diferente no meu espaço...

Obrigado.

Beijo

Su disse...

bela escolha , foto/poema...

jocas maradas ....parada no cais...