sábado, janeiro 20, 2007

Da ferida



Regresso, depois da litania,
à contemplação sem voz.
A memória da música é
amarga, quando estou só.
Os quartetos de Beethoven
arrancam-me uma parte
do corpo em substância.
Ferida, terei de ir ainda
à cidade dia a dia.

Fiama Hasse Pais Brandão

Foto:Maury Perseval

PS:Para uma amiga e ela sabe porque mandei-lhe mail:)

5 comentários:

Anónimo disse...

Quando o céu está vermelho comparo-o,e embora o fogo ainda esteja próximo da semiologia da fosforescência eu distancio-o
com a frase divinatória: amanhã a alva há-de romper de sangue. Pela separação semântica.
in) Fiama Hasse Pais Brandão.

Anónimo disse...

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wind disse...

Thanks Geoffrey:)
beijos

Alien8 disse...

Wind,
Hoje, tinha que ser Fiama.
Antes, o Cesário Verde que tanto gosto de ler - e nunca me canso.
Um beijo.

Maria Carvalho disse...

Na morte de Fiama, a imortalidade do seu canto!!