domingo, janeiro 28, 2007

As portas do meu cofre



Insensata alma
às vezes presa por um fio
A conviver interpretar
como quiser
a luta e o delírio de morar
num corpo
que respira que se inspira
E permanece assim
calado
Como que a temer
os seus escritos
seu papel
algum teclado

E o desafio de morar
num bicho
um ente
que não retoca seus
segredos
[só os sente]

Em tolas gotas
de um secreto mal de amor

Que vivem presas
muito mais por que
trancaram-se
as portas de seu cofre
Do que por desistir
ou esquecer
de ter sonhado

Com o fascínio
e o sabor de certo
beijo
tom carmim

Que já não está
em tua boca

[cor marfim]

Eliana Mora

Foto:Stanmarek

6 comentários:

António disse...

Querida Isabel!
Perante a imensidão de poemas (e alguns extras) que hoje aqui encontrei, limitei-me a dar uma olhadela.
Eu ainda não consigo mudar para o novo suporte o meu blog.
Espero que, quando o fizer, não tenha muitos problemas e sobretudo que o blog não desapareça.
Até tremo, só de pensar!

Obrigado por teres comentado o meu texto que pretende ser um "thriller psicológico", colocando a protagonista da história com um medo psicótico que a levou a ter ilusões e alucinações.
Este fenómeno é muito mais vulgar em crianças.
Penso que este texto poderá ser de interpretação um pouco mais difícil do que os outros que eu tenho escrito.
(não foi sonho,não!)

Beijinhos

Geoffrey Kruse-Safford disse...

Ah, yes, the tension between the spiritual and carnal nature of love. Is it a tension, though? Or are they flip sides of the same coin called love? To me, the carnal adds to the spiritual and vice-versa.
Be well and be good, Wind.
Your art brings a bit of warmth in winter. Thank you so much.

Alien8 disse...

Lindo!

Um beijo, Wind!

osangue / PR disse...

Boa noite Isabel.

wind disse...

Thanks Geoffrey:)
beijos

poetaeusou . . . disse...

Um.
Cofre.
Forte.
De Amor.
muitos cofrinhos.