segunda-feira, março 05, 2007

V



O teu pé, subtil e breve,
É como a visão doirada
Que em sonhos roça, fugindo,
A nossa fronte pesada:

Todo o escuro se ilumina,
Duma luz coada e branda,
E voam as fantasias,
Como aves, de cada banda:

Assim, quando teus pés roçam
A terra dura e sem cores,
Sob a pisada, que a afaga,
Às mil vem brotando as flores!

Antero de Quental

Foto:Barry Elkins

10 comentários:

Cristina disse...

Bonito como sempre Wind
:)

tem uma boa semana
beijinhus
:)

Geoffrey Kruse-Safford disse...

How beautiful upon the mountaintops are the feet of the messengers . . .

This line from a Psalm came to mind as I read this ode to the foot of a loved one. While the message is vastly different, there is something arresting about being so enamored of another that the littlest thing - their feet! - can be a source of inspiration.

Beijos, Wind and Jackie.
I stole your neo-earth and Babelfish, by the way, so now they are as badly translated in to Portuguese as your site is in Enlgish ;)

wind disse...

lol Geoffrey:)
beijos

papagueno disse...

Não conhecia este poema, adorei. Já confessei públicamente no Bairro; é um dos meus fetiches. Um beijinho e obrigado pela música.

Maria Carvalho disse...

Bonito poema! Beijos.

PintoRibeiro disse...

Bom dia, então, e bjinhos.

The City Lights disse...

Wind,

excelente miga!

Boa semanita!
;)

wind disse...

Quem és tu bunny?

more a loner than a wolf disse...

gostei do blog!

poetaeusou . . . disse...

Num sonho todo feito de incerteza,
De nocturna e indizível ansiedade
É que eu vi teu olhar de piedade
e (mais que piedade) de tristeza...
in) antero
bj)