sábado, março 17, 2007
Ofício de Amar
Já não necessito de ti
Tenho a companhia nocturna dos animais e a peste
Tenho o grão doente das cidades erguidas no princípio
De outras galáxias, e o remorso.....
.....um dia pressenti a música estelar das pedras
abandonei-me ao silencio.....
é lentíssimo este amor progredindo com o bater do coração
não, não preciso mais de mim
possuo a doença dos espaços incomensuráveis
e os secretos poços dos nómadas
ascendo ao conhecimento pleno do meu deserto
deixei de estar disponível, perdoa-me
se cultivo regularmente a saudade do meu próprio corpo.
Al Berto
Foto:ClanOfXymox
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6 comentários:
um dia houve
que nunca mais avistei cidades crepusculares
e os barcos deixaram de fazer escala à minha porta
inclino-me de novo para o pano deste século
recomeço a bordar ou a dormir
tanto faz
sempre tive dúvidas que alguma vez me visite a felicidade
Ain) l Berto
b)
............tão profundo e triste!
Beijos e um bom sábado!
Poema triste e muito sofrido tal como a alma do poeta, tal como a tua. Um beijinho
Bom dia Isabel. Sem arte, bjinho.
Excelente Al Berto!! Beijos.
Al Berto toca-me
e fico em silêncio...
um abraço meu Wind
beijinhos para ti
lena
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