segunda-feira, março 12, 2007
Ó meu amor, não te atrases
Ó meu amor, não te atrases
vou agora pôr-te à prova
esta noite é lua nova
e tu não sabes de fases
se chegas tarde te acuso
de que andarás a enganar-me:
vindo de ti, cada abuso
me soa a sinal de alarme
teus olhos arregalados
não são desculpa melhor
sabes cá chegar de cor
e mesmo de olhos fechados
nem um cego se perdia
lá fora agitam-se os ramos
nas brenhas da ventania
é tarde, porém jurámos
que enquanto este amor se guarde
e seja o nosso segredo
virias cedo, bem cedo,
e havias de partir tarde
sendo a lua nova ou cheia
ou crescente ou minguante
o que a nós nos incendeia
é fogo de outro quadrante
é clarão de uma outra luz
que ao pressentir os teus passos
acendi quando dispus
quatro quartos nos meus braços
Vasco Graça Moura
Foto:Yuri B
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6 comentários:
Gostei do poema. Eu embirro um pouco com o homem, mas a poesia dele não é má. Beijinho
Não conhecia este poema do VGM.
Gostei, como é óbvio.
Boa semana.
Beijos.
Interessante. Não conhecia.
Pelo sim, pelo não, não uso relógio. Bom dia e bjinho Isabel.
Adorei a fotografia. Bjinho Isabel.
vindo de ti, cada abuso
ji)
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