Sou a que se perdeu
a ausente
e embora esteja quase
sempre aqui
aparentemente presente
não sou eu a que me vêem
— tu e toda essa gente —
mas o esboço
a sombra
o rastro
ou talvez apenas o reflexo
nas águas turvas de junho
da que fui
quando o inverno era
ainda
uma improvável e longínqua
possibilidade.
Márcia Maia, in poesia.net (197)
Foto:
Manuel Holgado
1 comentário:
Verdade. Isso mesmo. Márcia Maia cheia de razão...
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