domingo, março 04, 2007

Hortelã



Ela tinha o cheiro das hortelãs ao sol e cabelos tão bem penteados que pareciam
quase não existirem. O vento cobria-a de tal forma, que ela parecia
poder voar ali mesmo, à frente de todos, senão fossem os seus cinquenta
quilos. Ao falar-lhe víamos que os argumentos daquela menina não tinham
qualquer lógica, só açúcar. Mas, era impossível resistir-lhe ao encanto, mesmo
que dissesse só baboseiras. Até que um dia arrancou o próprio coração
com as mãos e deixou-o a dormir num ninho de cegonhas. E nisto, o coração
iluminou-se tanto que incendiou.

Retirado daqui

Foto:mholm (manuel h)/ Manuel Holgado, o meu fotógrafo preferido do Flickr, a quem chamo Mestre.

6 comentários:

António disse...

Querida Isabel!
Limitei-me a fazer um zapping por tanta coisa que aqui colocas.
Mas comentei um poema teu!

Estou aqui a deitar fumo pelas orelhas por causa dos problemas no blog que se agravaram.
Estou a tentar criar um no Sapo pois por este andar qualquer dia o do Blogger desaparece.

Obrigado pelo teu comentário ao meu texto da janela aberta sobre um (pequeno) mundo.

Beijinhos

manuel_h disse...

gracias!!

un beso

Maria Carvalho disse...

Hortelã? Prefiro canela. Achei dramático este poema. Mas não faças caso Isabel. Às vezes fico assim. Beijos.

poetaeusou . . . disse...

hortelã
(pi)menta

bj)

VdeAlmeida disse...

Muito non sense mesmo, :-)
Beijinho, Wind

Mocho Falante disse...

linnndo Wind Lindo

já agora quem é o autor? E o Livro?

Beijocas