quinta-feira, outubro 12, 2006

Serenata



Pelas ribeiras do rio
está a noite a molhar-se
e nos peitos de Lolita
só de amor morrem os ramos.

Só de amor morrem os ramos.

A noite canta despida
sobre as pontes que tem Março.
Lolita lava o seu corpo
com água salgada e nardos.

Só de amor morrem os ramos.

A noite de anis e prata
rebrilha pelos telhados,
Prata de arroios e espelhos.
Anis de tuas coxas brancas.

Só de amor morrem os ramos.

Federico García Lorca

Foto:Yuri B

11 comentários:

Isabel Filipe disse...

Querida Wind,

Que bom te ver de volta ...
espero que esteja a correr tudo bem...

Beijinhos

Belzebu disse...

Antes de mais fiquei feliz pelo teu regresso! É aqui, junto de nós, o teu poiso.

E nada melhor do que Garcia Lorca para te receber!

Um beijo cá dos infernos!!

Arsénio Sá disse...

Ola!
venho deixar-te um beijo e acabo por saber que estas internada por motivos de saude!
espero que nao seja nada de grave e que ja estejas melhor!
uma beijoca e as melhoras!

isabel mendes ferreira disse...

oh....que bom!!!!!!!!!!

bom saber-te bem....quer dizer pelo menos suficientemente bem para estar AQUI.
_______________na tua ausência dei por mim a rever o teu sorriso...
_____________olá Wind..____________


beijos.

Arsénio Sá disse...

Ainda bem que já estás por casa!
E espero que bem melhor!
beijocas

Anónimo disse...

Só de amor morrem os ramos!!!!
Boa escolha!Beijos

Anónimo disse...

Espero que te encontres melhor. Força aí "vizinha". Tomo a liberdade de te enviar um poema de
Sophia de Mello Breyner Andersen.

AUSÊNCIA
Num deserto sem água
Numa noite sem lua
Num país sem nome
Ou numa terra nua

Por maior que seja o desespero
Nenhuma ausência é
mais funda do que a tua.

Desejo de uma boa noite.

mixtu disse...

lorca..eterno

serenatas... coimbra... saudade

beijinhos

hfm disse...

Que bom que estejas de volta.
Como diz o ditado: "Alma até Almeida" como a sabedoria da minha mãe dizia: e depois de Almeida alma ainda.
Um beijo

folhasdemim disse...

Lindíssima serenata!
Beijos, Betty

ivamarle disse...

...também de amor morrem os homens...