segunda-feira, outubro 16, 2006

Amor



Cala-te, a luz arde entre os lábios,
e o amor não contempla, sempre
o amor procura, tacteia no escuro,
essa perna é tua?, esse braço?,
subo por ti de ramo em ramo,
respiro rente à tua boca,
abre-se a alma à lingua, morreria
agora se mo pedisses, dorme,
nunca o amor foi fácil, nunca,
também a terra morre.

Eugénio de Andrade

Foto:Stanmarek

8 comentários:

Hindy disse...

Boa semana e um beijinho "hindyado"! :o)

Anónimo disse...

Uma boa escolha...tocante!
Beijocas

Su disse...

belooo
jocas maradas

mfc disse...

O poema labiríntico e sensual como a indefiniçaõ da fotografia.
Uma junção perfeita.

andorinha disse...

O amor é belo assim como belo é este poema de Eugénio de Andrade.
Um beijo.

Maria disse...

Grande Eugénio de Andrade!
Beijossss

Anónimo disse...

Adoro Eugénio de Andrade, enquanto poeta. Há dias, estive para comprar a poesia completa editada pela Fundação Eugénio de Andrade. São quase 40 euros. Não foi naquele dia, mas há-de ser um dia destes...se Deus quiser.

Um boa noite e uma boa Terça-Feira

Anónimo disse...

Mais uma vez: GRANDE EUGÉNIO!