Cala-te, a luz arde entre os lábios,
e o amor não contempla, sempre
o amor procura, tacteia no escuro,
essa perna é tua?, esse braço?,
subo por ti de ramo em ramo,
respiro rente à tua boca,
abre-se a alma à lingua, morreria
agora se mo pedisses, dorme,
nunca o amor foi fácil, nunca,
também a terra morre.
Eugénio de Andrade
Foto:Stanmarek
8 comentários:
Boa semana e um beijinho "hindyado"! :o)
Uma boa escolha...tocante!
Beijocas
belooo
jocas maradas
O poema labiríntico e sensual como a indefiniçaõ da fotografia.
Uma junção perfeita.
O amor é belo assim como belo é este poema de Eugénio de Andrade.
Um beijo.
Grande Eugénio de Andrade!
Beijossss
Adoro Eugénio de Andrade, enquanto poeta. Há dias, estive para comprar a poesia completa editada pela Fundação Eugénio de Andrade. São quase 40 euros. Não foi naquele dia, mas há-de ser um dia destes...se Deus quiser.
Um boa noite e uma boa Terça-Feira
Mais uma vez: GRANDE EUGÉNIO!
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