quinta-feira, outubro 19, 2006

Ninguém me habita



Ninguém me habita. A não ser
o milagre da matéria
que me faz capaz de amor,
e o mistério da memória
que urde o tempo em meus neurônios,
para que eu, vivendo agora,
possa me rever no outrora.
Ninguém me habita. Sozinho
resvalo pelos declives
onde me esperam, me chamam
(meu ser me diz se as atendo)
feiúras que me fascinam,
belezas que me endoidecem.

Thiago de Mello

Foto:Stanmarek

7 comentários:

Alien8 disse...

Muita coisa o habita... :)
Um beijo, Wind.

Cristina disse...

:))

um beijinho

SaoAlvesC disse...

bom dia!
tu habitas-me... tens o teu lugar no meu lado esquerdo, sempre :)

O poema é lindo!

Cristina disse...

Gostei do poema, mas adorei a foto!
Espero k estejas melhor
:)
beijinhu

Anónimo disse...

bonito demais, não é? ;)
um beijo daqui.

mfc disse...

Que bom que é poder ser-se independente.

Maria Carvalho disse...

Pois ontem não consegui abrir os comentários. Para dizer que este poema é sublime e que adorei! Bela escolha. Beijos para ti, bom fim de semana.