domingo, outubro 29, 2006
Poemas para a Amiga (Fragmento 4)
As vezes em que eu mais te amei
tu o não soubeste
e nunca o saberias.
Sozinho a sós contigo
em mim mesmo eu te criava,
em mim te possuía
De onde vinhas nessas horas
em que inteira eu te envolvia,
nem eu mesmo o sei
e nunca o saberias
Contudo, em paz
eu recebia o carinho,
compungindo o recebia,
tranquilo em meu silêncio
e tão tranquilo e tão sozinho
que calmamente eu consentia:
- que ainda que muito me tardasse
mais ainda, um outro tanto, eu sempre esperaria.
Affonso Romano de Sant'Anna
Foto:Paul Bolk
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
4 comentários:
Vai em crescendo.
Gostei do bocado que aqui estive a ler as tuas belissimas escolhas.
Bom domingo! Beijocas
Quem ama nunca deixa de esperar.
Em liberdade,
vivo preso em ti...
Enviar um comentário