sexta-feira, outubro 19, 2007

Do pôr-do-sol, afinal...



Do pôr-do-sol, afinal,ficaram aves;
ou se quiserem, um vago chilrear...

Mas inda há pouco, flamejante, ardia o ar
e nele fervia uma pulsão intemporal.

Povoas o meu mundo de surpresas!
Iluminas e confundes as certezas,
nesta luz feroz, solsticial.

Manuel Filipe, in "Poemas de Manuel Filipe", Pág.156, Edição de Autor

Foto:Yuri Bonder

2 comentários:

Fatyly disse...

Muito bonito:)

Beijos

Paula Raposo disse...

Incondicional admiradora de Manuel Filipe, não tenho palavras...