segunda-feira, outubro 22, 2007

Árvores



Árvores negras que falais ao meu ouvido,
Folhas que não dormis, cheias de febre,
Que adeus é este adeus que me despede
E este pedido sem fim que o vento perde
E esta voz que implora, implora sempre
Sem que ninguém lhe tenha respondido?

Sophia de Mello Breyner Andersen

Roubado à Gi

Foto:Guillermo González

3 comentários:

papagueno disse...

E bem roubado, adoro este poema. Beijos.

Paula Raposo disse...

A sensibilidade inconfundível de uma grande Senhora!

Fatyly disse...

Uma inquietação perturbadora sem qualquer resposta. Este poema é bastante triste mas não deixa de ser real!

Beijos