Marta,
Protagonista da tragédia ideada
E que eu não fiz,
De esperara que eu a criasse,
No meu intuito adormeceu feliz.
Dormiam lá também o sono antigo
Ilda, Miguel,
A lírica Raquel,
E todos quantos
Acham não ser comigo.
Aromas só
E pó antes do pó.
Agora chamo-a em vão,
Como quem vê levar,
E não entende,
Um filho no caixão.
E absurdo, alta noite,
Invoco a que se esconde:
Marta! Marta! Onde estás?
Não sei se me ouve ou não.
Mas não responde.
Reinaldo Ferreira
Foto:Mircea Bezergheanu
1 comentário:
Não conhecia este poema de Reinaldo e gostei muito!
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