domingo, fevereiro 10, 2008
Soneto de amor
Não me peças palavras, nem baladas,
Nem expressões, nem alma... Abre-me o seio,
Deixa cair as pálpebras pesadas,
E entre os seios me apertes sem receio.
Na tua boca sob a minha, ao meio,
Nossas línguas se busquem, desvairadas...
E que os meus flancos nus vibrem no enleio
Das tuas pernas ágeis e delgadas.
E em duas bocas uma língua..., - unidos,
Nós trocaremos beijos e gemidos,
Sentindo o nosso sangue misturar-se.
Depois... - abre os teus olhos, minha amada!
Enterra-os bem nos meus; não digas nada...
Deixa a vida exprimir-se sem disface!
José Régio
Foto:Piotr Kowalik
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4 comentários:
Wind,
Obrigado pela música, pelos poemas e pelas imagens. Estava atrasado na leitura do teu blog, mas já recuperei :)
Permite-me que destaque, por razões muito pessoais, o poema de Reinaldo Ferreira, "Quero um cavalo de várias cores". Sabias que foi musicado? E por mais do que uma vez, sendo a última versão, segundo creio, de Ricardo Dias, interpretada por Filipa Pais?
Beijinhos.
Que descoberta maravilhosa... um blogue tão sereno que nos inquieta... E que belas imagens...
Já está nos meus favoritos.
Até breve
Que delícia as palavras de José Régio. Acho que vou fazer uma visitinha a este fotógrafo.
Bjks
belo o poema escolhido
jocas maradas...sempre
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