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Quem tiver coragem que me refreie,
Que me ponha um freio,
Uma mordaça,
E cale a voz que tenho em mim.
Tenho tempestades para dar
A quem se atrever a entrar,
Nas portas que abro aqui.
Quem quiser calmaria
É melhor nem espreitar,
Que não sou
Santuário ou oásis,
E a paz,
Não a encontram em mim.
Mas quem quiser ser vento,
Atravessar tempestades,
Subverter todas as possibilidades
Mergulhar sem saber profundidades...
A porta está aberta,
Pode entrar!
Encandescente, in"Bestiário",pág.68, Edições Polvo
Foto:Janosch Simon
2 comentários:
Wind,
Pronto, pus a leitura em dia.
E vou destacar o espantoso poema do Al Berto e a imagem que escolheste para o ilustrar.
Uma maravilha, enre várias outras.
Bom fim de semana e um beijo.
Se eu escrevesse como a Encandescente era assim que eu diria. Tal e qual. A foto óptima!! Boas escolhas, Isabel.
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