Da margem esquerda da vida
Parte uma ponte que vai
Só até meio, perdida
Num halo vago, que atrai.
É pouco tudo o que eu vejo,
Mas basta, por ser metade,
P'ra que eu me afogue em desejo
Aquém do mar da vontade.
Da outra margem, direita,
A ponte parte também.
Quem sabe se alguém ma espreita?
Não a atravessa ninguém.
Reinaldo Ferreira
Foto:
Manuel Holgado
4 comentários:
Vim espreitar...
Já tinha saudades de te ler.
Um beijo enorme
Profundo e tocante!*******
gosteiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii de gostar
jocas maradas...sempre
A ponte liga e separa, traz-nos o novo e leva-nos os sonhos perturbantes de uma vida. Gostei imenso.
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