sábado, dezembro 09, 2006
Poetas escolhidos-Tempo
Amanhã II
Espero sentada nas horas
Mas escondem-se nos minutos
As respostas.
E as perguntas adiadas
A que o tempo não responde
Todas juntas são o tempo
O futuro
Amanhã.
Encandescente, in "Palavras Mutantes", pág.9, Edições Polvo
Apesar
Apesar do lento olhar,
do andar lento,
fatalmente correremos,
contra o tempo.
Manuel Filipe, in "Poemas de Manuel Filipe", pág.97, Edição Manuel Filipe
Breve Encontro
Este é o amor das palavras demoradas
Moradas habitadas
Nelas mora
Em memória e demora
O nosso breve enconto com a vida.
Sophia de Mello Breyner Andresen, in "O Nome Das Coisas", pág.37, Edições Caminho
O Relógio
Pára-me um tempo por dentro
Passa-me um tempo para fora.
O tempo que foi constante
No meu contratempo estar
Passa-me agora adiante
Como se fosse parar.
Por cada relógio certo
No tempo que sou agora
Há um tempo descoberto
No tempo que se demora.
Fica-me o tempo por dentro
Passa-me o tempo para fora.
José Carlos Ary dos Santos, in "Obra Poética", pág.162, Edições Avante
Foto:Yuri B
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9 comentários:
Belos poemas.
Venho deixar 1 beijo e bfds
Lola
Belas escolhas.
Gostei de ler cada um dos poemas.
Bjs
Isabel...minha fotografa....
fico feliz por te saber/ver bem.
espero.
_____________
gostei das escolhas....
_______________
abraço.te.
Saudo o teu regresso.
Desejo-te completamente restabelecida.
Bjs
que maravilha de sequência poética! Parabéns pela escolha!
Beijocas
Sem palavras. Tudo muito belo!! Beijos.
amei essa foto (gentilmente ..será minha:)))
belos os poemas escolhidos...
jocas maradas de tempo
Querida Isabel!
Quero dizer-te que hoje tive um especial prazer em receber a tua visita.
Não por ela em si mesma, nem pela honra que me dás em ler o que escrevo nem tão pouco pelos comentários elogiosos.
Mas porque regressaste!
E isso quer dizer que estás em boa recuperação.
E isso é que é importante para mim e, sobretudo, para ti!
Um grande xi-coração!
Vejo que continuas com o mesmo bom gosto na selecção dos poemas que aqui colocas.
Sabes que no sábado passado fui declamar o "Arma secreta" do Gedeão a Vermoim.
É um poema fácil de dizer e eu, como de costume, tinha ensaiado em casa.
Cheguei lá tarde porque estive a ver um jogo de futebol na TV.
Inscrevi-me.
Sentei-me ao lado do Albino (frog) que me deu um exemplar do seu último livro.
Estava completamente distraído quando a Maria Mamede me chamou.
Eu?
Sim!
E lá fui até ao púlpito para dizer o poema.
Mas estava de tal modo desconcentrado que saiu-me tudo mal!
Só me apeteceu dizer:
Peço desculpa mas vou dizer de novo!
Não o fiz mas deveria tê-lo feito!
Nem imaginas como troquei palavras, alterei entoações...
Uma barraca total e absoluta!
ah ah ah
Beijinhos
Corremos sempre contra o tempo... mas vir aqui é etr-se um espaço de calma e bom gosto.
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