domingo, dezembro 10, 2006
Eu te amo?
O que digo quando digo que te amo
de que amor falo ao falar de amor assim
se no fundo nem sei mesmo se te amo
e em te amando temo não amar-te assim
o que existe atrás de um simples eu te amo
que transforma num segundo tudo assim
de que lume é feito um fátuo eu te amo
que ora é fogo ora é geleira dito assim
faz-se efêmero o dizer-te eu te amo
desprovido de sentido quando assim
proclamando o tempo inteiro que te amo
banalizo o verbo amar se o digo assim
e entretida a repetir quanto eu te amo
já não sei se esse eu te amo ama-te assim.
Poema:Márcia Maia
Foto:Maury Perseval
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
6 comentários:
Realmente, boa escolha e fiquei sem palavras!
Beijos
Eu detesto a maneira dos brasileiros...mas concordo. Deve ser isso. Mais ou menos percebi. Beijinhos.
Qual será a mania dos brasileiros que Paula Raposo detesta? Fiquei curiosa. ;)
Um beijo grande, querida. Obrigada por me colocar aqui, nesse seu espaço de poesia e beleza.
amei ler
jocas maradas
Conheço a Márcia quase há 3 anos.
É uma escritora nata.
Tem poemas só ao alcance dos verdadeiros poetas.
Este nem será nada de especial, apesar de ser bom.
Beijinhos
PS: a Paula Raposo passou-se?
Nilson também leio a Márcia aos anos, tantos como tu:-)
Paula não percebi o teu comentário.
Este poema é fácil de compreender que são as contradições do amor:)
Enviar um comentário