domingo, janeiro 06, 2008

Contente nunca estou; feliz não sei



Contente nunca estou; feliz não sei
Se existe alguém ou neste ou noutro mundo.
Vou para o Nada, sou do Nada oriundo,
E entre dois Nadas desventura é Lei.

Da cobarde esperança emancipei
A previsão do meu destino imundo.
Sou consciente do mal em que me afundo,
E consciente do mal continuarei.

Nem revolta me fica, apenas pressa
De me tornar por fim parada peça
No cósmico rolar nefasto e louco.

Depois quero dormir um sono enorme
Que para uma aflição que nunca dorme,
A Morte, temo bem que seja pouco.

Reinaldo Ferreira

Foto:Yuri Bonder

PS:É repetido, mas apeteceu-me.

2 comentários:

Fatyly disse...

Para tudo há sempre uma volta a dar. Desde que nascemos todos caminhamos para a morte, mas que seja sempre ela a nos surpreender e nunca nós a procurarmos e saibamos aproveitar a vida com lentes de esperança.


Força!

Beijos

Alien8 disse...

Reinaldo e pronto.