domingo, junho 24, 2007

Que outros risos...



Cantamos o cristal,
a essencial lucidez da onda
sublimada pelo vento,
o doce canto da mãe,
o seu filho que dorme,
o grito das romãs
que se oferecem à luz.

Que outros risos ecoam
na morada das águas?


Manuel Filipe, in "Tempo de Cinzas", pág.52, Apenas Livros

Foto:Zacarias Pereira da Mata

5 comentários:

Paula Raposo disse...

O poema já é belo!! As fotos são soberbas!! Beijos.

Fátima Santos disse...

hoje tenho um mimo para ti

Special K disse...

E que lindo o mar cheio de risos que ecoam nas águas.
Beijinho

António disse...

Este é do livro que recebi.

Beijinhos

De Amor e de Terra disse...

"na morada das águas.." ecoam muitos risos diversos (quanto a mim, claro).
Os dos vivos, que se aproximam delas, que as atravessam, que nadam, que as amam, que as descrevem e os risos dos mortos, que nelas vivem, quer nelas tenham morrido ou não; que as possuem, de dentro pra fora.
E as deidades, todas, que às águas pertencem!

Beijos Amiga para ti
e para o Autor
Obrigada pela passagem e comentário

Maria Mamede