Cantamos o cristal,
a essencial lucidez da onda
sublimada pelo vento,
o doce canto da mãe,
o seu filho que dorme,
o grito das romãs
que se oferecem à luz.
Que outros risos ecoam
na morada das águas?
Manuel Filipe, in "Tempo de Cinzas", pág.52, Apenas Livros
Foto:Zacarias Pereira da Mata
5 comentários:
O poema já é belo!! As fotos são soberbas!! Beijos.
hoje tenho um mimo para ti
E que lindo o mar cheio de risos que ecoam nas águas.
Beijinho
Este é do livro que recebi.
Beijinhos
"na morada das águas.." ecoam muitos risos diversos (quanto a mim, claro).
Os dos vivos, que se aproximam delas, que as atravessam, que nadam, que as amam, que as descrevem e os risos dos mortos, que nelas vivem, quer nelas tenham morrido ou não; que as possuem, de dentro pra fora.
E as deidades, todas, que às águas pertencem!
Beijos Amiga para ti
e para o Autor
Obrigada pela passagem e comentário
Maria Mamede
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