quarta-feira, junho 13, 2007
As mãos pressentem
As mãos pressentem a leveza rubra do lume
repetem gestos semelhantes a corolas de flores
voos de pássaro ferido no marulho da alba
ou ficam assim azuis
queimadas pela secular idade desta luz
encalhada como um barco nos confins do olhar
ergues de novo as cansadas e sábias mãos
tocas o vazio de muitos dias sem desejo e
o amargor húmido das noites e tanta ignorância
tanto ouro sonhado sobre a pele tanta treva
quase nada.
Al Berto
Imagem daqui
PS:Porque hoje faz 10 anos que morreu e porque é um dos meus poetas preferidos.
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9 comentários:
E muito bem. Homenagem certíssima, porque é um Poeta...e os Poetas não partem...as mãos ficam. Beijos.
Uma justa homenagem e
pelos vistos escolhemos o mesmo poema :)
Beijinhos.
Tal como para ti, também para mim, Al Berto está entre os maiores, no grupo daqueles que a morte não apaga. Aqui fica a minha singela homenagem:
"E AO ANOITECER
E ao anoitecer adquires nome de ilha ou de vulcão
deixas viver sobre a pele uma criança de lume
e na fria lava da noite ensinas ao corpo
a paciência o amor o abandono das palavras
o silêncio
e a difícil arte da melancolia" (Al Berto)
Um bom dia para ti
E sem muito tempo,eu, a passar para deixar um bjinho,
( Al Berto, gosto, gosto mesmo muito ).
Um grande Poeta. Bom dia Isabel e um beijinho.
Embora não seja o meu referido, fizeste uma bela homenagem.
Beijos
errata: preferido
Mãos muito belas e bonita homenagem ao Poeta.
Beijinhos
As mãos sentem, acariciam, constrõem... Podem ser tão belas! :)
Bjs!
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