A hora da partida soa quando
Escurece o jardim e o vento passa,
Estala o chão e as portas batem, quando
A noite cada nó em si deslaça.
A hora da partida soa quando
as árvores parecem inspiradas
Como se tudo nelas germinasse.
Soa quando no fundo dos espelhos
Me é estranha e longínqua a minha face
E de mim se desprende a minha vida.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Foto:Christian Coigny
9 comentários:
Sophia continua viva através da sua poesia. sabe sempre bem (re)ler. O que eu gosto deste poema. Hoje alguém comentou na minha caixinha que somos todos um pouco árvores.
Aqui, até na hora da partida.
beijinhos Wind
Bom fim de semana e um abraço, Wind.
Passo aqui muitas vezes, vejo as imagens incriveis, leio os poemas e os posts fantasticos a que já me habituaram. Muitos parabens.
Peço desculpa por nao comentar mais... fico apenas entretida a ler.
Este poema não conhecia, apesar de gostar muito da poesia de Sophia.
Novamente uma optima escolha.
Obrigada por tudo.
Continuem com o optimo trabalho.
Cumprimentos
Eternamente, Sophia...
Simplesmente... Sophia!
Disse dela, um outro poeta:
"Sua escrita é de nau e singradura
e há nela o mar o mapa a maravilha." (Manuel Alegre).
Um bfs
Wind, para além das belíssimas escolhas que tens, admiro a forma como reténs momentos (as tuas fotos são lindas!)
Obrigada pela força. A nossa Tai é uma guerreira. A droga daquele cancro é que prega partidas, entendes? Quando menos esperamos, pimba!! Lá vem mais uma!O que Vale é ver como ela as enfrenta!
Isso sim, vale tudo!
Beijo grande e eu venho ler-te sempre, podes crer!
Bom gosto o teu!
Parabéns!
Cris
De partidas e chegadas, até à partida final... Assim é a nossa vida.
Um belo poiema da Sophia, como sempre ilustrado de maneira magnífica. beijinhos e bom fim de semana.
Serena como sempre!
A hora da partida é tudo isso!
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