domingo, maio 20, 2007

Cristal



Eu acalento um amor dentro do peito
Tão belo e frágil e puro como cristal.
Amor quebrável que só de sonhos é feito
- Eu sou romântico, quero o amor ideal!

Ela me chega numa noite sensual,
Tão bela e pura como o anjo mais perfeito;
Mas o seu corpo exala odor sensual
E o olhar jura loucuras no leito.

A pele cálida ao meu toque se eriça,
Pois que a chama do amor no corpo viça.
Os frutos róseos do busto me oferece,

E a flor mais íntima, recôndita, se umedece...
- Ai grande amor cujo refúgio é a Arte,
Cristal tão puro que a realidade o parte!

Antônio Adriano de Medeiros

Foto:Konrad Gös

3 comentários:

lena disse...

doce menina

um soneto que encanta

poeta e médico brasileiro que comecei a ler há pouco tempo e que me está a fascinar

bem escolhido Wind


beijinhos

lena

mfc disse...

Um poema dos sentidos...

papagueno disse...

Medeiros? Tenho um primo poeta e não sabia. LOL!