Amar de peito aberto a morte.
Não de esguelha, de frente.
Amar a morte,
digamos,
despudoradamente.
Amá-la como se ama
uma bela mulher
e inteligente.Amá-la
diariamente
sabendo que por mais
que a amemos
ela se deitará
com uns e outros
indiferente.
Affonso Romano de Sant'Anna
Foto:Christian Coigny
3 comentários:
Gostei do despudor do Poeta!
Amar é amar, mas amar a morte é coisa que não consigo. Amo a vida em demasia e não a quero trair. Hé hé apesar disso nunca deixo de amar também a poesia do Affonso.
Beijinhos
E um dia deitar-se-á connosco!
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