quinta-feira, novembro 18, 2010

Como as espigas



Finalmente (embora
saibas que não há
nem fim nem princípio):
deves dizer ainda
que há uma rosa de espuma
no teu peito e que
o seu perfume
não se esgota. E que lá
também existe
uma fonte onde bebem
as flores silvestres. Mas não
humildes, como ias
chamar-lhes: altas
como as espigas
do vento, que no vento
se esquecem e que no vento
amadurecem.

Albano Martins

Imagem retirada do Google

2 comentários:

Fatyly disse...

e deixei-me levar neste vento. Não conhecia e achei lindissimo e melodioso.

Beijocas e um bom dia

Paula Raposo disse...

Lindo! Também não conhecia este poema tão suave.
Beijos.