segunda-feira, setembro 17, 2007
Soltei o verbo as 3hs am.
Quando deslizei os meus braços por dentro das mangas,
a jaqueta exalou um perfume de gardênia e sonhos.
Sonhei com aquele tempo de minha adolescência,
aquele doce tempo da minha inocência e do despertar de uma nova vida,
do descompromisso com tudo, da suave sombra do conhecimento e
da vontade de sentir um mar de poesia dentro de mim,
vivo me acolhendo, esquentando, querendo dizer algo.
Pronunciei palavras em silêncio...
Por cima de mim, vi nuvens perfeitas,
figuras incríveis,
senti-me sozinha numa imensidão do nada,
sentei ali mesmo no chão frio daquele quarto,
senti-me tão só,
e chorei...
Nancy Moisés
Foto:Allan Jenkins
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3 comentários:
A gente recorda a adolescência, com um misto de saudade e de tristeza...
Faz bem chorar...quando recordamos o tempo não voltará jamais.
Faz bem chorar...quando no percurso da vida enchemos, enchemos
Faz bem chorar...e abrir a janela da vida.
Gostei muito deste poema!
beijos
Gostei das imagens. Imensid�o do nada � bem real!
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