sexta-feira, setembro 14, 2007

De porta em porta



-Quem? O infinito?
Diz-lhe que entre.
Faz bem ao infinito
estar entre gente.

-Uma esmola? Coxeia?
Ao que ele chegou!
Podes dar-lhe a bengala
que era do avô

-Dinheiro? Isso não!
Já sei,pobrezinho,
que em vez de pão
ia comprar vinho...

-Teima? Que topete!
Quem se julga ele
se um tigre acabou
nesta sala em tapete?

-Para ir ver a mãe?
Essa é muito forte!
Ele tem não tem mãe
e não é do Norte...

-Vítima de quê?
O dito está dito.
Se não tinha estofo
quem o mandou ser
infinito?

Alexandre O'Neill

Foto:Sorin Lazar

9 comentários:

Special K disse...

A fotografia é linda!!
Beijinhos

Paula Raposo disse...

Quando gosto, gosto. E Alexandre O'Neill é dos meus favoritos. Beijos.

PintoRibeiro disse...

Bjinhos (dos 3) e um bom mesmo fim de semana.

Cristina disse...

voltaste que bom! Ja tens pc novo? :)

beijinhu e bom fim de semana

wind disse...

Não, ainda não tenho pc novo:)
beijos

António disse...

Olá, Isabel!
Quando ainda estudava comprei um livro de poemas do O'Neill e o seu conteúdo era muito parecido com o que aqui nos apresentas.
Vou dar-lhe uma olhadela!

Beijinhos

Gi disse...

Curiosamente conheço tanto da sua obra e este desconhecia. Estamos sempre a aprender.

Beijinho

andorinha disse...

Gostei muito.
Alexandre O'Neill é um dos grandes vultos da cultura portuguesa.
Beijos.

Fatyly disse...

Já conhecia mas com esta foto ainda se tornou mais real.
Parabéns

Beijocas