sexta-feira, setembro 21, 2007
Quando partimos e acenamos junto ao rio
Quando partimos e acenamos junto ao rio
quando o barqueiro alcança a outra margem
quando respiramos o perfume dos campos em flor
na outra margem
o dia amanhece e nenhum baixio
nenhum barco e nenhuma jangada
não vagueiam pela água
não movem nenhuns montes
não separam nenhumas águas
não escurecem o dia
e nenhuns animais dão companhia
noutro lugar
para lá ou para cima e para baixo
para longe daqui
entrar na água ela leva-nos
quando nadamos e mergulhamos
seguindo peixes que nos conduzem
para lá para cima ou para baixo
Barqueiro e tu rio
aproximai-vos
agarrai-me
deixai-me ir para o outro lado
o bilhete
o preço
pago pela palavra
por uma palavra
pago
à letra.
Eva Christina Zeller (tradução:Maria Teresa Dias Furtado)
Foto:Igor Amelkovich
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2 comentários:
Gostei imenso deste poema acompanhado de mais uma escolha fantástica de fotografia! Beijos.
Já está frio Isabel...lololol.
Bom fim de semana e um bjinho grande dos 3.
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