sexta-feira, novembro 10, 2006
Poema anti-chuva
Detesto a chuva
Detesto poemas sobre a chuva,
Detesto a purificação da alma
Que leio nos poemas sobre a chuva.
A mim...
A chuva molha-me,
Cola-me a roupa ao corpo,
Provoca-me constipações.
Nunca me purificou a alma!
Mas já, enlameada,
Me conspurcou o corpo.
Detesto os lugares comuns escritos sobre a chuva...
Em dias de chuva refugio-me nos lugares comuns:
Debaixo das varandas, entradas de prédios e cafés
Evitando assim ser baptizada, limpa e purificada
Pela água suja e fria que cai dos céus.
Encandescente, in "Palavras Mutantes", pág. 32, edições Polvo
Foto:Maury Perseval
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9 comentários:
Sem palavras!!
Amei.
Um beijo e bom fim de semana, sem chuva de preferência.
Aliás está ai o Verão de São Martinho hehe
O livro parece interessante...Bjs e bom fim de semana :-)
Nem mais!! Um excelente livro!! Beijos, bom fim de semana e obrigada pelas palavras nas minhas romãs.
Sempre atenta, "menina" Wind.
Beijinhos
Apesar de gostar de poemas sobre a chuva... estou a lembrar-me de alguns que até já passaram pelo meu blog... gostei muito deste, que por acaso, é... sobre a chuva!? :)
Parabéns à Encandescente pelo poema e à Wind pela imagem.
Beijos.
Uma chuva de Verão é soberba!
Refresca-nos e faz-nos cheirar a terra!
Olá,
Gostei deste poema "desromantizante" sobre a chuva, como, aliás, da maioria dos poemas da Encandescente.
Desejo-te um bom fds. Um beijinho.
Parabéns pela escolha!
amei a foto e o poema
jocas maradas
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