Mas conheço o seu aroma:
depois das primeiras chuvas
sobe ao terraço,
entra nu pela varanda,
o corpo inda molhado
procura o nosso corpo e começa a tremer:
então é como se na sua boca
um resto de imortalidade
nos fosse dado a beber,
e toda a música da terra,
toda a música do céu fosse nossa,
até ao fim do mundo,
até amanhecer.
Eugénio de Andrade
Foto:Wilhelm Von Gloeden
8 comentários:
E pensar que não vamos ter mais poemas seus...
Eugénio de Andrade em todo o seu esplendor! Adorei.
Beijos.
Lindo!
Um beijinho "hindyado"! :o)
Adorei :)
Beijinho
Como sempre o feiticeiro das palavras legou-nos um poema lindo...
E a tua sensibilidade, fez o resto...
Um bjs de boa noite
Excelente
Bjs
Eugénio de Andrade é um dos meus poetas preferidos.
Sou criticada por não gostar de ler mas tenho a certeza que lio o suficiente e sei escolher.
Este é um dos autores que tenho na minha mini-biblioteca doméstica.
Um beijinho e obrigada pelos belos textos e imagens que colocas.
Sempre lindo Eugénio de Andrade!! Beijos.
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