Pelas ribeiras do rio
está a noite a molhar-se
e nos peitos de Lolita
só de amor morrem os ramos.
Só de amor morrem os ramos.
A noite canta despida
sobre as pontes que tem Março.
Lolita lava o seu corpo
com água salgada e nardos.
Só de amor morrem os ramos.
A noite de anis e prata
rebrilha pelos telhados,
Prata de arroios e espelhos.
Anis de tuas coxas brancas.
Só de amor morrem os ramos.
Frederico García Lorca
Foto:Stephane Bourson
2 comentários:
lorca é uma descoberta, para mim, recente, a tradução, como qq tradução perde sempre algo...
Bem escolhida a imagem para um poema que o merece.
Enviar um comentário