se o teu olhar pudesse
ter a extensão
e os segredos do mar,
a sua sabedoria,
repetida sem cansar
em cada onda;
e se a sua íris
pudesse ser ora azul,
ora verde,
ora madrepérola,
e de tantas,
tantas outras cores,
que nelas o meu olhar
lentamente se afogasse,
como se bebesse, obcecado,
um absinto subtil,
tenho a certeza de que peixes
esplendorosos e raros
nos vogariam no interior das veias,
como o fazem
no seu habitat natural.
e assim nos fundiríamos
como quem desce no silêncio
dos mares de coral.
v.o.j. (Vitor Oliveira Jorge)
4.1.2006
Resposta de Vitor Oliveira Jorge a um poema que fiz no dia 2/01/06
Foto:Mad Aky
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