Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!
Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza:
A um morto nada se recusa,
E eu quero por força ir de burro!...
Mário de Sá-Carneiro
Foto:Eric Richmond
5 comentários:
Nem mais!!! Cheio de razão Mário de Sá-Carneiro!
Vou pensar no meu direito de opção...
Grande Mário, quase esquecido. Fizeste bem em relembrá-lo.
Beijinhos.
Sempre gostei deste poema porque faz-me lembrar a preocupação dos familiares em "mostrar do que parece bem" sem pensarem a simplicidade dos pedidos feitos como por exemplo ir de sapatos novos, descalço, sem flores nem velinhas, caixão do mais rasca que houver e ser cremado. Perantes estas pequenas coisas fazem-se funerais que mais parecem ...não digo:))))
A foto é espectacular!
Beijos
Faço minhas as palavras da Fatyly.
Beijinhos
Fatyly e Papagueno concordo, por isso editei este poema:)
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