segunda-feira, agosto 20, 2007
Evocação de Silves
Saúda, por mim, Abu Bakr,
Os queridos lugares de Silves
E diz-me se deles a saudade
É tão grande quanto a minha.
Saúda o palácio dos Balcões
Da parte de quem nunca os esqueceu.
Morada de leões e de gazelas
Salas e sombras onde eu
Doce refúgio encontrava
Entre ancas opulentas
E tão estreitas cinturas!
Mulheres níveas e morenas
Atravessavam-me a alma
Como brancas espadas
E lanças escuras.
Ai quantas noites fiquei,
Lá no remanso do rio,
Nos jogos do amor
Com a da pulseira curva
Igual aos meandros da água
Enquanto o tempo passava...
E me servia de vinho:
O vinho do seu olhar
Às vezes o do seu copo
E outras vezes o da boca.
Tangia cordas de alaúde
E eis que eu estremecia
Como se estivesse ouvindo
Tendões de colos cortados.
Mas retirava o seu manto
Grácil detalhe mostrando:
Era ramo de salgueiro
Que abria o seu botão
Para ostentar a flor.
Al Mu'Tamid
Foto:Stanmarek
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7 comentários:
Gostei do Dr. Ernesto Guevara, bravo!
Boa tarde Isabel. Boas pistas para um debate, mas não percebi porque ser contra os transgénicos, no Nero, e desconheço o que vai concretamente na cabeça, é fascista. É uma luta de todos nós, acho.
Bjinho,
Querida Isabel!
Já mandei tocar os clarins e bradei bem alto, tal como um arauto:
Vinde a mim!
Vinde a mim!
Beijinhos
Realmente primas pela escolha e adorei tudo o que li. Parabéns e continua assim!
Beijocas
*
olha a marafada ...
*
jino
*
Polémicas transgénicas á parte, este poema é lindo e a poesia árabe medieval também.
Já agora, desculpa, mas a música não me satisfez, falta a voz da Mafalda.
Beijinhos.
Adorei a foto
:)
beijinhu
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