sábado, fevereiro 03, 2007

Dia azul



Num dia azul, meu amor,
Irei contigo.
Porque é fatal partir,
(há outras ilhas)
porque a alma se vai embalando de vazio,
porque o corpo definhará com a espera.

Anunciado já o fim das maravilhas,
desterrei os meus olhos pelo rio
até ao mar,
cintilante refúgio da quimera...

E de repente
no ar vibrou, breve e plangente
o apelo insistente da sirene;

Largaremos lentamente em fumo e sonhos,
entre as gaivotas que pairam no poente.

Manuel Filipe

Foto:Igor L.

3 comentários:

PintoRibeiro disse...

Até já Wind. Bjos de todos.

osangue / PR disse...

Está é a chover. Isso, sim. Bjinho.

Maria Carvalho disse...

Adorei este poema!