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Num dia azul, meu amor,
Irei contigo.
Porque é fatal partir,
(há outras ilhas)
porque a alma se vai embalando de vazio,
porque o corpo definhará com a espera.
Anunciado já o fim das maravilhas,
desterrei os meus olhos pelo rio
até ao mar,
cintilante refúgio da quimera...
E de repente
no ar vibrou, breve e plangente
o apelo insistente da sirene;
Largaremos lentamente em fumo e sonhos,
entre as gaivotas que pairam no poente.
Manuel Filipe
Foto:Igor L.
3 comentários:
Até já Wind. Bjos de todos.
Está é a chover. Isso, sim. Bjinho.
Adorei este poema!
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