terça-feira, fevereiro 27, 2007

Com nadadeiras



A Sereia é uma fêmea, loira em geral
Que escolhe um canto num mar freqüentado
E se estende numa pedra grande
Espreitando os audazes navegadores
Por motivos extranáuticos.

A Sereia berra como uma cadela
Antes de mais nada, para atrair os homens
Mas na realidade, a fim de igualmente provar
Que não é um peixe verdadeiro.

Apesar do seu complexo de inferioridade
Nunca hesita em insinuar-se aos robustos capitães peludos
Mas a Sereia não tem sorte, creia,
Pois desde o Dr. Gouveia
Sabe-se que os marinheiros têm (às vezes) maus costumes.

Boris Vian (tradução de Ruy Proença)

Imagem daqui

6 comentários:

Fatyly disse...

Com uma certa lógica!

Beijos e um Bom dia!

poetaeusou . . . disse...

sereia
ilusão
a
mim
preso
creio
creia...
b)

Maria Carvalho disse...

Interessante poema!! Beijos.

MariaTuché disse...

Estás de volta :)

Espero que bem...

Um beijooooooooo

Cristina disse...

Realmente a sereia 'e uma ilusao, ser'a?
:)
beijinhu

Anónimo disse...

Wind...

e.....quem fôr morena????heheheheheh

kidding!

Jocas linda