
Filha de branco que morreu na guerra
e de uma preta linda do Libolo,
o teu olhar até de noite encerra
todo o luar das lendas do Catolo!
Ó flor estranha! já não tem consolo
a tua mágoa, a tua dor na terra!
Ó flor estranha do febril Capolo
neta dum soba que perdeu a guerra!
Estátua ardente em bronzeadas chamas
que tentação e perdição derramas
por sobre a história negra, quase finda!
Neta dum soba que acabou chorando,
filha de branco que morreu lutando
e duma preta tristemente linda!
Tomaz Vieira da Cruz (Angola)
Foto:Gianni Candido
4 comentários:
poema bonito... tristemente gingão... bonito pa valer...
e a ilustração... que belo exemplar... lol
o poema é lindíssimo e as lágrimas caíam enquanto o lia
a imagem é perfeita
e tu és linda por estas partilhas
beijinhos muitos para ti
lena
Poema muito sentido, como só os africanos sabem escrever.
Beijos e boa semana.
mais um belo exemplo de boa poesia
beijocas
Enviar um comentário