quinta-feira, maio 25, 2006
À espera
Ainda te espero,
num dia em que a alma se vista de azul.
À esquina do tempo, procuro o teu rosto
entre milhares de outros,
definitivamente iguais.
Ainda te espero,
em jardins esquecidos, no negro paúl,
perdido num cais.
Os meus olhos febris
revolvem o livro que nunca escrevemos
e que mudo me diz que não morreremos,
pois ainda te espero.
Deliro na treva, desces no luar
que me assombra as noites
e acordo ao teu lado.
Grita-me o silêncio,
qual sino a dobrar
que o fim está para chegar
e ainda te espero.
Poema:Manuel Filipe
Foto:Lutz Behnke
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
9 comentários:
Venho deixar-te um grande abraço, por hoje não é mais nada, mas pelo saudoso finado estamos juntos.
Junto-me à adryka, neste momento triste.
Bjs
Grato pelas palavras deixadas para a Carolina e família.
Beijos
um beijinho:)
A espera faz sofrer...
Beijinhos
olá viva...
adorei ter lido este poema ao som deta belissima música
beijocas
Wind,
Parabéns pelo destaque na GB.
Bom fim de semana.
Eunice
Belo poema do Manuel Filipe.
Boa noite, Wind.
Fantástico este poema!
Muito fixe!
Enviar um comentário