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Belo belo minha bela
Tenho tudo que não quero
Não tenho nada que quero
Não quero óculos nem tosse
Nem obrigação de voto
Quero quero
Quero a solidão dos píncaros
A água da fonte escondida
A rosa que floresceu
Sobre a escarpa inacessível
A luz da primeira estrela
Piscando no lusco-fusco
Quero quero
Quero dar a volta ao mundo
Só num navio de vela
Quero rever Pernambuco
Quero ver Bagdá e Cusco
Quero quero
Quero o moreno de Estela
Quero a brancura de Elisa
Quero a saliva de Bela
Quero as sardas de Adalgisa
Quero quero tanta coisa
Belo belo
Mas basta de lero-lero
Vida noves fora zero.
Manuel Bandeira
Foto:Stanmarek
2 comentários:
Não vou comentar o poema... até porque hoje não me sinto qualificado para o efeito.
Quanto ao Delírio que já viste em 2 Pc's e que tem o bonito número de Asc #0080 é um trabalho extraído de uma imagem do filme "Masmorras e Dragões 2". São três os feiticeiros aí em funções não muito esclarecedoras, é um facto, mas lá que deitam bolas de luz em catadupa, lá isso deitam.
Agora que já tens um resumo da obra, vai lá e vê com olhos de quem sabe o que está a ver.
Depois irei aceitar de um modo, mais ou menos ansioso, o teu comentário.
BFDS, beijocas e inté.
Pois é, Manel! Tu é que tens razão!
Um beijo.
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