sexta-feira, maio 12, 2006
Belo belo
Belo belo minha bela
Tenho tudo que não quero
Não tenho nada que quero
Não quero óculos nem tosse
Nem obrigação de voto
Quero quero
Quero a solidão dos píncaros
A água da fonte escondida
A rosa que floresceu
Sobre a escarpa inacessível
A luz da primeira estrela
Piscando no lusco-fusco
Quero quero
Quero dar a volta ao mundo
Só num navio de vela
Quero rever Pernambuco
Quero ver Bagdá e Cusco
Quero quero
Quero o moreno de Estela
Quero a brancura de Elisa
Quero a saliva de Bela
Quero as sardas de Adalgisa
Quero quero tanta coisa
Belo belo
Mas basta de lero-lero
Vida noves fora zero.
Manuel Bandeira
Foto:Stanmarek
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2 comentários:
Não vou comentar o poema... até porque hoje não me sinto qualificado para o efeito.
Quanto ao Delírio que já viste em 2 Pc's e que tem o bonito número de Asc #0080 é um trabalho extraído de uma imagem do filme "Masmorras e Dragões 2". São três os feiticeiros aí em funções não muito esclarecedoras, é um facto, mas lá que deitam bolas de luz em catadupa, lá isso deitam.
Agora que já tens um resumo da obra, vai lá e vê com olhos de quem sabe o que está a ver.
Depois irei aceitar de um modo, mais ou menos ansioso, o teu comentário.
BFDS, beijocas e inté.
Pois é, Manel! Tu é que tens razão!
Um beijo.
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