Teu corpo é canoa
em que desço
vida abaixo
morte acima
procurando o naufrágio
me entregando à deriva.
Teu corpo é casulo
de infinitas sedas
onde fio
me afio e enfio
invasor recebido
com licores.
Teu corpo é pele exata para o meu
pena de garça
brilho de romã
aurora boreal
do longo inverno.
Marina Colasanti
Foto:Lutz Behnke
3 comentários:
Lindo.
Um beijo, Wind.
Olha só posso dizer que adorei uma vez mais pois então.
Beijocas
Tens muito bom gosto, quer nos teus textos como com a conjugação que fazes com as imagens é sempre uma combinação perfeita.
Beijinhos
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