segunda-feira, julho 26, 2010

Atá ao fim dos céus



A deusa Beladona vai comigo
Ornada já de flor’s de mil matizes.
Caminhando p´las ondas, os petizes
Buscam nela calor, buscam abrigo.

A sua boca eu beijo, qual mendigo
Bebendo água dos róseos chafarizes,
E em mim cessam, Amor, as cicatrizes
Que já levando me iam ao jazigo.

E súbito sou pássaro que canta
Rodeado de verde manjerona…
E então alcanço a Paz! Ó minha santa,

Vem comigo dançar na hora nona
Por praias e palmar’s, hierofanta,
Até ao fim dos céus, ó Beladona!

Paulo Brito e Abreu

Imagem retirada do Google

3 comentários:

Anónimo disse...

Desconheço (ignorância minha, naturalmente) o autor deste soneto.

Gostei.

Bj

Fatyly disse...

Muito bonito e sonante. Adorei!

Beijocas

Nilson Barcelli disse...

Bela escolha, querida amiga.
Boa semana.
Beijos.