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Aquela clara madrugada que
Viu lágrimas correrem do teu rosto
E alegre se fez triste como se
Chovesse de repente em pleno Agosto.
Ela só viu dedos nos teus dedos
meu nome no teu nome. E demorados
Viu nossos olhos juntos nos segredos
Que em silêncio dissemos separados.
A clara madrugada em que parti.
Só ela viu teu rosto olhando a estrada
Por onde um automóvel se afastava.
E viu que a pátria estava toda em ti.
E ouviu dizer-me adeus: essa palavra
Que fez tão triste a clara madrugada.
Manuel Alegre
Imagem retirada do Google
3 comentários:
Um grande poema deste nosso grande poeta...mas que a meu ver jamais será grande como presidente:)
Beijocas e um bom dia
Gosto muito deste poema!!
Beijinhos.
Certezas quanto ao poeta que foi/é.
Todas.
Dúvidas quanto a um grande presidente?
Porquê?
O soneto que aqui nos trazes, Wind, tem a marca, clara, de Manuel Alegre.
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