domingo, abril 08, 2007
A carícia pedida
Sai-me dos dedos a carícia sem causa,
Sai-me dos dedos... No vento, ao passar,
A carícia que vaga sem destino nem fim,
A carícia perdida, quem a recolherá?
Posso amar esta noite com piedade infinita,
Posso amar ao primeiro que conseguir chegar.
Ninguém chega. Estão sós os floridos caminhos.
A carícia perdida, andará... andará...
Se nos olhos te beijarem esta noite, viajante,
Se estremece os ramos um doce suspirar,
Se te aperta os dedos uma mão pequena
Que te toma e te deixa, que te engana e se vai.
Se não vês essa mão, nem essa boca que beija,
Se é o ar quem tece a ilusão de beijar,
Ah, viajante, que tens como o céu os olhos,
No vento fundida, me reconhecerás?
Alfonsina Storni(Tradução de Carlos Seabra)
Foto:Anulka
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6 comentários:
Bom dia, bom domingo, bjinho.
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Se te aperta os dedos uma mão pequena
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um para ti
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wind é difícil ficar indiferente ao teu cantinho
a poesia aqui acaricia, envolve, reina, é arte, um bálsamo para quem a lê e a sente
desfilam por aqui poetas que conheço, mas alguma da sua poesia desconheço, carrego baterias e vou mais rica daqui, difícil comentar quem é poeta e bom, a poesia é para ser sentida e eu deixo-me fundir nela
obrigada por tantos e excelentes momentos
abraço-te com o meu carinho
uma Páscoa Feliz, com Paz
beijos doces
lena
Páscoa Feliz.
Vai lá ao "tasquinho" ver se já conhecia aquela vesão.
Jinhos
Este poema é lindíssimo! Também gostei da foto.
Carícias perdidas, levadas pelo vento... em algum lugar irão chegar... Alguém irão tocar... :)
Bjs!
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